TRATAMENTO DE CAMA E DEJETO DE EQUINOS POR COMPOSTAGEM E VERMICOMPOSTAGEM

Autores

  • Igor Shoiti Shiraishi Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Londrina
  • Caroline Fernanda Hei Wikuats
  • Ana Flávia Garbugio Conceição
  • Lígia Beliero Malvezzi
  • Tatiane Cristina Dal Bosco

Resumo

Resíduos orgânicos da equinocultura representam um passivo ambiental com potencial de transformação em adubo orgânico por meio da compostagem e da vermicompostagem. No entanto, poucos estudos são encontrados sobre este tema. Neste sentido, objetivou-se avaliar e comparar a degradabilidade de camas e dejetos de equinos por meio de ambos os processos. Para tanto, foram montadas duas leiras com relação C:N inicial de 32:1, contendo 78L de cama de equino, 128L de dejeto de equino e 24L de feno. Após 30 dias de pré-compostagem, uma das leiras foi transferida a vermirreatores e o processo de compostagem em leira e vermicompostagem ocorreram paralelamente por mais 27 dias. Monitorou-se temperatura, redução de volume e massa, pH, relação C:N, condutividade elétrica, série de sólidos, e número de minhocas. A fase termofílica durou cerca de 30 dias, com máxima de 60°C. A redução de massa foi de 39,9 e 25,4% e a redução do volume foi de 38,7 e 40,0% para compostagem e vermicompostagem, respectivamente. O pH manteve-se entre neutro e básico e a relação C:N final foi de 15,8:1 para a compostagem e 14,0:1 para a vermicompostagem, indicando a mineralização da matéria orgânica. A condutividade elétrica precisou ser ajustada para propiciar melhores condições para as minhocas. Estas, por sua vez, mantiveram número constante de indivíduos durante o processo. Houve boa descaracterização dos resíduos, concluindo-se que ambos os processos podem ser utilizados no tratamento de dejetos e cama de equinos.

 

Publicado

2017-06-20